11.8.10

poética patética - II

sem sermão, sem análises, sem projetos. sem dinheiro, naturalmente. só, evidente, como todos que se perdem, se buscam, transitam entre páginas viradas, reviradas, reviravoltas, lugares comuns, cheiros de novo, de velho, de não tão velho, ácaros e diodos. não precisa ser psicólogo, filósofo, poeta, erudito, não precisa de nada disso. cada vivente carrega uma história em dois sentidos. são uma coisa só essas duas partes: uma é carregada na memória do que já o atravessou, outra é carregada na memória do que virá. estamos na iminência de, mas não basta a memória ordinária. mais é experimentar distorcer a memória tangenciada pela desmedida que a cada verso da vida nos atravessa.

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