23.12.08

Felices Fiestas...


Los locos están por todas partes: te miran, no te miran,
te quieren, te odian, sonríen, muestran los dientes,
son fanáticos, científicos, extremistas,
imperialistas, cientificistas
y otros -istas, alelados,
tapados y otros hados,
pintores, escultores
y otros errores.


Más que nada, los locos son escritores.

12.11.08

hasta que tuvo lugar lo inexplicable

9.11.08

Par perfeito?





. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8.11.08

c_ent_

ayer pasó algo. no, ayer no. anteayer.

31.10.08

Horário Brasileiro de Verão

- Então você pensou que por ter dito ao futuro
que não viesse bater à sua porta antes da hora
a vida te concederia outras gotas de felicidade?

- Sim...

24.10.08

Cada um com sua paisagem...





Ao lado: Paris through the window, de Chagall

À esquerda: Sampa through the window, por Zeh.

29.9.08



Como si fuera

esta noche

la última del mes...

21.9.08

Yo, borracho.




Sabés que uno está borracho cuando

pide una cerveza como la de la foto así:

- Por favor, tráigame una botella de tres equis.

19.9.08

Cansado de inverno, sonhando verão...


"Picture yourself in a boat on a river, with tangerine trees and marmalade skies
(...)
Cellophane flowers of yellow and green, towering over your head
(...)
Everyone smiles as you drift past the flowers, that grow so incredibly high..."
"Lucy in the sky with diamonds" - The Beatles

17.9.08

Tranporte Coletivo?



Sou a favor, sempre!


Mas a pessoa genial

que fez o anúncio

não vai trabalhar de ônibus...

16.9.08

How do I feel?


Estranho...
O trânsito Rio-Sampa me deixou estranho.

Acho que tô ouvindo muito The Doors.

"Estrangeiro aqui como em toda parte"
foi Pessoa que disse, né?


"People are strange
When you're a stranger
Faces look ugly when you're alone
Women seem wicked when you're unwanted
Streets are uneven when you're down
When you're strange
Faces come out of the rain
When you're strange
No one remembers your name
When you're strange
When you're strange
When you're strange"

14.9.08

Notas Cariocas

Estive no Rio de Janeiro nos últimos dias. Tentei me aproximar um pouco do cotidiano da cidade através do jornal local. Eis um pouco do que li.
O Globo, terça-feira, 09-09-08.
* Merval Pereira cita estudo realizado sob a coordenação do cientista político Cesar Romero Jacob. Diz o estudo que “enquanto no Rio observou-se uma cidade dividida pela religião, em São Paulo verificou-se uma cidade polarizada pela política, numa acirrada disputa entre os dois maiores partidos brasileiros do momento, o PT e o PSDB”.
* No Segundo Caderno, Arnaldo Jabor surpreende ao escrever sobre a morte. E explica: “...a verdade é que morreu muito amigo meu nos últimos dias”.
O Globo, quarta-feira, 10-09-08.
* Merval Pereira fala sobre o livro “Trilhas para o Rio – Do reconhecimento da queda à reinvenção do futuro”, do economista brasileiro André Urani. O autor do livro “analisa as razões da decadência do Rio e projeta as soluções para o futuro”. O futuro do Rio passaria pela conurbação em direção a Campos (RJ), Campinas (SP) e Juiz de Fora (MG). Seria o que Urani chama de “Megalópole Brasileira”. Será que a gente chega lá?
* No Segundo Caderno, Saramago afirma em entrevista:
“Se não nos limitássemos a olhar, se víssemos de fato o que temos diante dos olhos todos os dias, se tudo isso tivesse um efeito real em nossa consciência, então não poderia haver nada capaz de deter o movimento geral de protesto que se desencadearia a escala mundial contra (...) essa enfiada maldita de calamidades que fizeram deste mundo um inferno, o único, porque é impossível que haja outro como este.”
O Globo, quinta-feira, 11-09-08.
* De Veríssimo, sobre o LHC:
“Que proveito, salvo para a vaidade científica, trará descobrir o que pretendem? Quanto mais se sabe sobre o funcionamento do Universo mais aumentam a perplexidade e a angústia por não se saber mais, por jamais se poder compreender tudo – pelo menos não com este cérebro que mal compreende a si mesmo.”

No mais, mortes aqui e ali, CPI das Milícias, tropas ocupando favelas, incertezas na economia e as velhas pérolas do horário político. Parece que tem um candidato a vereador pelo PV de Magé que aparece com uma folha de maconha ao fundo e diz:
“Aperte 43667. Usuário vota em usuário.”
Pode apertar, mas não vá acender na hora!

Seguimos sonsos essenciais, como diria Clarice...

28.8.08

Aos professores

(de ontem, hoje e sempre)


Cito George Steiner - As lições dos mestres - em espanhol,
pois foi nessa língua que tive contato com o texto.

"La libido sciendi, el deseo de conocimiento, el ansia de comprender,
está grabada en los mejores hombres y las mejores mujeres.
También lo está la vocación de enseñar.
No hay oficio más privilegiado.
Despertar en otros seres humanos poderes,
sueños que están más allá de los nuestros;
inducir en otros el amor por lo que nosotros amamos;
hacer de nuestro presente interior el futuro de ellos:
ésta es una triple aventura que no se parece a ninguna otra."

22.8.08

Ponto e língua (sobre pano)

Ainda hoje, minha dolorida língua
não me traduz, não fala de mim.
Luego... (ops!) escrevo.

Déts uái-ai ráit

ps.: não vacile, Kandinsky!

19.8.08

Mordi a língua e levei ponto

Tinha tudo para ser um dia tranqüilo, quase feliz.

Por chegar atrasado para a primeira aula, comia um pão de queijo
enquanto a professora discorria sobre a novela picaresca.

Não se sabe se foi a fome, se foi inveja alheia, se foi olho gordo.
Sabe aquela mordida na língua que deixa qualquer um a ver estrelas?
Foi o que aconteceu.

Não houve sol que alumiasse meu céu, que escureceu.
Ainda se eu pudesse ver estrelas... Não deu.

Corta para o setor de emergência do HU.
Poucos leitos todos ocupados, gente sofrendo.
Vergonha por correr ali com um corte na língua...

Retirar senha, abrir ficha, aguardar atendimento.
O jogo da Argentina estava no primeiro minuto quando fui chamado.

doc - o que houve?
yo - comia um pão de queijo por volta das 8:15 quando mordi a língua.
doc - posso ver?
yo - por favor!
doc - um pouco mais pra fora... aí.
yo - então?
doc - o corte não foi muito grande, mas vai precisar de um pontinho.

Meia hora depois, deixava o Hospital Universitário,
boca dormente e quatro pontos na língua.

Eu que nunca levei ponto nem tive notícia
de alguém que precisasse disso por morder a língua...

21.2.08

Farol

Angélica fazia jus ao nome, mas sofria.

Violentada pelo padrasto aos catorze anos,

fugiu de casa ainda grávida.

Angélica passou a viver no cruzamento

de duas grandes avenidas de São Paulo.

Acudida pelo Dr. Benedito, obstetra que passava

no momento em que se rompeu a bolsa,

deu à luz um menino – a quem

decidiu dar o nome Bento.

Parecia que Angélica havia encontrado

uma luz no fim do túnel,

mas ela voltou pro farol

e ali cresceu o menino Bento.

Eles sempre viveram dos trocados

que motoristas sacavam do fundo

de suas bolsas e porta-níqueis,

mas sempre com grande dificuldade.

Angélica não resistiu ao último inverno:

sucumbiu ao frio aos 33 anos.

Bento quase foi para o seminário aos

dezoito anos, mas teve medo da clausura

e de deixar a mãe sozinha na rua.

Depois que ela morreu, foi rezar na Sé

pedindo a Deus por ela, mas se perdeu.

Portando uma arma de brinquedo que

encontrou no meio do caminho,

tentou um assalto no primeiro farol

após a saída do túnel da Avenida 9 de julho.

A vítima estava armada e disparou três tiros

20.2.08

A violência avança

Um assalto à mão armada no cruzamento da Av. Brasil com a Av. Rebouças.

Um assalto à mão armada às oito da manhã bem na porta de casa.

Um menino vendendo bala no sinal num domingo à noite sob um temporal.

O que é mais violento?

O que nos violenta?

O que devemos temer:

O medo de matar ou

O desejo de morrer?

A volta do malandro

(Chico Buarque)

Eis o malandro na praça outra vez
Caminhando na ponta dos pés
Como quem pisa nos corações
Que rolaram nos cabarés

Entre deusas e bofetões
Entre dados e coronéis
Entre parangolés e patrões
O malandro anda assim de viés

Deixa balançar a maré
E a poeira assentar no chão
Deixa a praça virar um salão
Que o malandro é o barão da ralé