1.8.10

ecos da última leitura

“A palavra pode ser erótica sob duas condições opostas, ambas excessivas: se for repetida a todo transe, ou ao contrário se for inesperada, suculenta por sua novidade. Nos dois casos, é a mesma física de fruição, o sulco, a inscrição, a síncope: o que é cavado, batido ou o que explode, detona.”

“'Escrevo para não ficar louco', dizia Bataille – o que queria dizer que escrevia a loucura; mas quem poderia dizer: 'Escrevo para não ter medo'? Quem poderia escrever o medo? O medo não expulsa, não constrange, nem realiza a escritura: pela mais imóvel das contradições, os dois coexistem – separados.”

O prazer do texto, Roland Barthes.
(tradução: J. Guinsburg)

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