5.9.06

Dúvidas Divididas

Depois de catar feijão mais de uma dúzia de vezes ao som de bambas do samba como Cartola, Carlos Cachaça, Paulinho da Viola - e de intérpretes maravilhosas como Clara Nunes e Elizeth Cardoso, resolvi trocar a trilha sonora. Sim... Catei feijão ouvindo Velvet Underground.
Curioso. Tantas coisas me ocorreram naqueles minutos...
Quando vai esquentar, meu Deus?
Será que o Lula ganha mesmo?
Quando vai acontecer o próximo ataque do PCC?
Vou conseguir estudar no feriado?
Será que tranco aquelas três matérias?
E as perguntas da Palena?
E aquelas do Itamar Assumpção?

Stop. Open. Tira o Velvet. Põe o Itamar. Close. Play.

SAMPA MIDNIGHT
isso não vai ficar assim

"Prezadíssimos ouvintes"? Não, não é essa. "Idéia fixa", "Navalha na liga", "Movido à água", "Desapareça Eunice", "Tete tentei", "Vamos nessa"? Não, não é essa. "Eldorado" não pode ser porque é instrumental. "Sampa midnight", "Isso não vai ficar assim", "Z da questão meu amor"... (Como é essa mesmo? Ah, sim! Mas também não é essa). Isso! "Totalmente à revelia"!
Então ele canta:

"Por que será que a vida só tem caminho de ida?"
"Por que será que da morte não há caminho que torne?"
"Se eu morresse amanhã qual que será, qual que seria da minha mãe,
minha mulher, minhas filhas, minhas músicas, minhas lindas Orquídeas?"

Legal. Do mesmo disco ainda ouvi "Cadê Inês", "Chavão abre porta grande" (ótima!) e, por fim, "E o quico".

Peraí! Essa é uma ótima pergunta: o que você tem com isso? Por que estou escrevendo sobre coisas que me ocorreram nesta manhã gelada? Afinal, isso aqui não é um diário - apesar das postagens diárias.

Olha, se você teve paciência de ler até aqui, agradeço e peço desculpas.
Acho que foi o frio.
Fui!

2 comentários:

Anônimo disse...

Curioso. Sabes que eu, também eu, resolvi ampliar meu mundinho musical... e também começando Velvet. Maravilhoso o disco da banana.
E Itamar, salve Itamar... aliás, vai ter shou de Macalé com Melodia, Lanny Gordin e Orquídeas. imperdível. No sesc. baratinho. Dez reais pra estudante.
E também estou com essas coisas de "o que é que interessa aos outros os meus desabafos poéticos de blog...". há. Dúvidas pós-modernas... dãããrrr...

Anônimo disse...

Olá querido, tudo bem? Então, digo para ti e Juju, creio que nem todas as perguntas nasceram ou nascem para serem respondidas. Muitas e tantas vezes soa difícil conviver com elas, acordar, dormir, passar dias e noites, porque estão como que tatuadas em nós e em nós. Sei lá. Mas não perder a capacidade de indagar, criticar, futucar, sonhar, 'esperançar', é importante. Dor e prazer. Dialética do viver. São demais os perigos desta vida!
E vamos que vamos, a caminhar de muitas e distintas maneiras, fazendo nossa trajetória na aventura humana sobre a Terra.
Vale a pena? Qual o sentido da vida, afinal? Ah!... Leia a crônica que publiquei no site da Geração Editorial, tem relação com estas questões.
beijo grande da Palena