31.8.06

Pé na estrada II

(Depois de confundir as datas, voltamos a publicar.)

Uma parada rápida para abastecer. A viagem é longa, a vida...
Cheia de curvas, rodovias sujas,
pontes sobre rios de águas turvas.

Quando chove não corre, quase morre.
A memória o absorve do jeitinho que
o pão fazia ao ser mergulhado na
caneca de café-com-leite.

Chora o moleque estradeiro que
cantava a canção do Roberto no banheiro.

"Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada e o meu amor aumenta mais
Porque eu penso nela no caminho
Imagino seu carinho e todo o bem que ela me faz
A saudade então aperta o peito
Ligo o rádio e dou um jeito de espantar a solidão
Se é dia eu ando mais veloz
E à noite todos os faróis iluminando a escuridão

Já rodei o meu país inteiro
Como bom caminhoneiro peguei chuva e cerração
Quando chove o limpador desliza
Vai e vem o pára-brisa bate igual meu coração
Doido pelo doce do seu beijo
Olho cheio de desejo seu retrato no painel
É no acostamento dos seus braços
Que eu desligo meu cansaço e me abasteço desse mel

Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela
Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

E o nome dela..."

[ "Caminhoneiro" - Composição: Roberto Carlos/Erasmo Carlos ]

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai a saudade é graaaaaaaande!!