10.10.06

Ais a mais

Sofre ego
Sôfrego amo-te
a ti me amarro
Nó cego


Ver-te é verde veneno
meu desejo é extremo


Nem um medo nem um gesto
aturo tudo o que detesto
só pra ter você por perto


Não bastou sua boniteza
você tinha que entretecer
tristeza


Deixei cair uma gota de tinta sobre
o papel
Gota a gota pinguei protetora palavra:
véu.


Lavo bem todos os calos
triste calo
nosso amor escorreu pelo ralo


Nem com mil hai-kais
serias capaz
de apagar meus ais


[ Pensando "Ais ou menos", Leminski... Saravá! ]

2 comentários:

Feliz disse...

bela construção, seuzé!

Anônimo disse...

Sim, sim, bela construção! Gostei, gostei... Ai, Maurício, terça feira ele vai entregar os projetos de trabalho... ele vai odiar o meu! ele vai odiar o meu! Ele vai olhar pra mim e falar: "que idéia estúpida foi essa? Isso é inviável!" Ai, meus ais...
Adorei Adorei o texto!