23.7.10

poética patética - I

porque você sabe muito bem como isso funciona, e o que te disseram naquele sermão é muito válido. o cara realmente sabia das coisas. sabe aquela história do tesouro: onde estiver o teu tesouro, ali também estará o teu coração? é por aí que vai o desejo, basta substituir. você pode até me chamar de herege, mas é mais ou menos assim que funciona. vai me dizer que não? tudo bem, vou respeitar sua opinião, mas fico com meu café-com-pão; não digo feijão-com-arroz porque a coisa é mais simples do que parece, é tudo muito mais prosaico. mesmo. e a validade de uma poética patética não está no fruto, mas na plantação. melhor: na semeadura. outra parábola válida para esses tempos de informação automática. antes era com as bibliotecas, lembra? quantos livros, quantas páginas não lidas. escrevi uma crônica a respeito e mandei para um concurso de contos sem saber direito o que era aquilo. foi. foi ótimo. não importa se a semente vai vingar e dar muitos frutos, se vai cair entre as pedras, fenecer à sombra de outras árvores. o bom da semeadura é semear. ponto.

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