1.3.11

A presidenta

Sigo feliz pela eleição da presidenta Dilma Roussef. Semanas atrás até sonhei que minha mãe era ministra de seu governo, vai vendo... Estratégias de marketing à parte, tenho esperança de que algo melhore. Sei, no entanto, que este governo será diferente do anterior. A participação da presidenta em evento do jornal Folha de São Paulo e em programas de televisão como o de Ana Maria Braga e Hebe Camargo deixou parte da esquerda, a meu ver, histérica. Muitos se sentem traídos. Eu prefiro acreditar em uma estratégia dela ou do seu pessoal de marketing. Claro que posso estar completamente enganado, posso estar me enganando. Assim sendo, muito do que se esperava dela estará se transformando em decepção para uma parte de seu eleitorado. Dilma sofreu na mão da imprensa durante a campanha. Agora, se exige que ela jogue duro com a imprensa. A briga é com a Lei Geral de Comunicação. Ela é esperada com ansiedade, não se sabe se vai sair ou não. O medo que ronda a esquerda é o de que o governo não proponha a lei em função da exposição que a presidenta vem fazendo de sua imagem nos programas e evento mencionados. Acredito que a lei será proposta. Como virá a proposta e como ela será aprovada são outros quinhentos. Sobre minha crença na teoria da estratégia, posso dizer o seguinte: assisti parte do programa da Ana Maria Braga. Posso ter perdido algo importante, mas baseado no que vi e ouvi, ouso afirmar que Dilma Roussef é uma excelente estrategista. Poderá dentro de alguns meses dizer: ok, respeito a imprensa, converso com a imprensa, quero que ela continue livre, e precisamos de uma lei que atenda aos interessas dela e também aos interesses do povo desse país. Com esta atitude ela faria a proposta que sairia dolorosa para a imprensa e benéfica para o país. Cenário de sonho, certo? E como é difícil achar matizes nessa relação, a outra possibilidade – não me sinto capaz de acreditar nela – é um acordão com a imprensa: olha gente, eu vou lá, mostro que sou um ser humano, uma mulher como qualquer outra, e a gente suspende essa lei – ou pelo menos faz uma lei que lhes prejudique menos, senão eu fico mal com meu eleitorado. Sinceramente, prefiro alimentar minha esperança, mesmo estando ciente do que pode estar cheirando mal nesse reino. Caso um odor insuportável tome conta do país e o tal do acordão se confirme, direi: tudo dentro da normalidade, a política nesse país é mesmo uma piada. E pior do que está, sempre fica!

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