5.3.09

ESTADIO AZTECA

Calor dos infernos. Coisa dos deuses, ou dos diabos:
Tirando o mofo do armário - literalmente - revejo
um livro do Caio Fernando Abreu.
Decidido, sorteio uma página no meio do livro: 69.
Mofo. "Luz e sombra":

"Não importa. Em dias muito quentes, costumo ter
uma visão. Não sei se uma memória ou uma visão.
De qualquer forma, em dias muito quentes,
vejo claramente alguma coisa."

Eu que nem usava meus óculos novos
acabei apagando. Despertei três horas depois.
Sem sono.
Azia.

"Nas noites quentes desses dias quentes,
costumo ter outra visão."

Garrafa de litro vazia, lamento não ter lido
aquele livro místico, a antologia do Cabral
e a Dialética do Esclarecimento.
E continuo sem entender aquela
letra do Calamaro.
Cara malo!

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