14.9.08

Notas Cariocas

Estive no Rio de Janeiro nos últimos dias. Tentei me aproximar um pouco do cotidiano da cidade através do jornal local. Eis um pouco do que li.
O Globo, terça-feira, 09-09-08.
* Merval Pereira cita estudo realizado sob a coordenação do cientista político Cesar Romero Jacob. Diz o estudo que “enquanto no Rio observou-se uma cidade dividida pela religião, em São Paulo verificou-se uma cidade polarizada pela política, numa acirrada disputa entre os dois maiores partidos brasileiros do momento, o PT e o PSDB”.
* No Segundo Caderno, Arnaldo Jabor surpreende ao escrever sobre a morte. E explica: “...a verdade é que morreu muito amigo meu nos últimos dias”.
O Globo, quarta-feira, 10-09-08.
* Merval Pereira fala sobre o livro “Trilhas para o Rio – Do reconhecimento da queda à reinvenção do futuro”, do economista brasileiro André Urani. O autor do livro “analisa as razões da decadência do Rio e projeta as soluções para o futuro”. O futuro do Rio passaria pela conurbação em direção a Campos (RJ), Campinas (SP) e Juiz de Fora (MG). Seria o que Urani chama de “Megalópole Brasileira”. Será que a gente chega lá?
* No Segundo Caderno, Saramago afirma em entrevista:
“Se não nos limitássemos a olhar, se víssemos de fato o que temos diante dos olhos todos os dias, se tudo isso tivesse um efeito real em nossa consciência, então não poderia haver nada capaz de deter o movimento geral de protesto que se desencadearia a escala mundial contra (...) essa enfiada maldita de calamidades que fizeram deste mundo um inferno, o único, porque é impossível que haja outro como este.”
O Globo, quinta-feira, 11-09-08.
* De Veríssimo, sobre o LHC:
“Que proveito, salvo para a vaidade científica, trará descobrir o que pretendem? Quanto mais se sabe sobre o funcionamento do Universo mais aumentam a perplexidade e a angústia por não se saber mais, por jamais se poder compreender tudo – pelo menos não com este cérebro que mal compreende a si mesmo.”

No mais, mortes aqui e ali, CPI das Milícias, tropas ocupando favelas, incertezas na economia e as velhas pérolas do horário político. Parece que tem um candidato a vereador pelo PV de Magé que aparece com uma folha de maconha ao fundo e diz:
“Aperte 43667. Usuário vota em usuário.”
Pode apertar, mas não vá acender na hora!

Seguimos sonsos essenciais, como diria Clarice...

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