Acabou-se portanto o tempo em que o "real" parecia vir até o texto para ser aí manufaturado e exportado. Acabou-se o tempo em que a escritura parecia fazer amor com a violência das coisas e alojá-las na ordem de uma razão. [...] O texto representa a sua própria morte e zomba dela. A essa escritura, cadáver de suma beleza, não se liga mais nenhum respeito. Ela é apenas o ilusório sacramento do real, espaço de risadas contra os postulados de ontem. Aí se desdobra o trabalho irônico e meticuloso do luto.
Michel de Certeau
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